A festa começa...
Casa cheia, bebidas, cigarros, músicas que embalam risadas e eu tentando me encontrar. Mas, sabe o desconforto de usar uma roupa que não é seu número? Simples, se corrige com a troca da peça. Porém, o que fazer quando a alma está incompatível com o tamanho de seu corpo?
Entre a fumaça as feridas resolveram latejar...
Saudade de quando a luz se apagava, quando podia ver teu corpo com minhas mãos.
Meu sangue circula de forma desordenada, tentando criar uma inestancável hemorragia. Minhas angustias saem pelos poros e o seu cheiro me causa náuseas.
Paro pra falar com alguns conhecidos e minhas mentiras sobem por minha garganta tentando virar verdade, mas, são detidas por minha hipocrisia.
Ah! AS escolhas dessa vida... Em que segundo isso é dado? Uma angustia invade minha alma, a dúvida do próximo passo me atormenta. A falta de uma voz que me diga de forma doce e firme: - não sei pra onde você deve ir mas não importa, estarei segurando sua mão!
(Com isso o “onde” já nem me importa mais).
Tenho fome de coisas concretas e palpável. O mundo pede paciência, mas eu quero uma guerra interior; quero mover moinhos. Já me basta ficar admirando o movimento das águas.
Penso que de alguma forma estamos mais presos aos antigos dogmas do que possamos supor. Vivemos adiando a felicidade como se essa não fosse de merecimento nosso. E essa de sofrer hoje, pra ser feliz amanhã, não me motiva mais. Mesmo sabendo que minhas vontades não mudam as direções dos ventos. Então, já posso escolher que vento seguir.
O fim da noite chegou, todos se foram...
Chorei como uma boneca quebrada e lembrava dos teus abraços enquanto limpava os cacos.