terça-feira, 6 de julho de 2010

Te deixo ir...

Fico com minha histeria sem som.

Corro pra janela, como corre quem espera. Mas, corro pra ver tua partida. Teus passos seguem na mesma leve já que me fez um dia te olhar. Olho com a doçura da primeira vez.

Aquele velho aperto no peito. Cadê a serenidade adquirida? Sentimentos ainda desordenados. Sem saber o que fazer, sem lembrar ao menos como respirar.

Ah! O abatimento em nossos corpos era indisfarçável.

Antes a duvida do próximo encontro, agora a certeza do “nunca mais”. Fico com as lembranças armazenadas em minha falha memória humana.

Teu cheiro que se apaga em minha pele lentamente.

As miudezas que compunham o cenário que um dia foi nosso e a rotina que tenta apagar a nitidez de minhas lamurias.

Me pego aqui, com esse coração na mão, pra abrir com um abridor de latas pra ver o que tem dentro.

Já é tarde coração, tudo havia partido silenciosamente como chegara.

Vou tentar recompor imagens sem conseguir.

...

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